Superman&Lois: O título deveria ser "um super homem e sua família".

Eu deveria ter assistido e escrito sobre isso há muito, muito tempo. Mas não tenho culpa. Fiquei traumatizada. Tudo o que assisti na CW me deu uma grande sensação de desperdício de bom material da DC (e para um fã da DC isso é imperdoável). E realmente não era fã de Elizabeth Tulloch (que interpreta Lois, maravilhosamente bem, por falar nisso) e Tyler Hoechlin(o Superman do Arrowverse). Mas tudo mudou depois de assistir o primeiro e sensível primeiro episódio desse show, lindamente feito. Eu estava com medo de que este Superman fosse uma tentativa desesperada de apagar Henry Cavill da memória pública e forçá-lo contra nós, dizendo claramente "Esqueça o britânico gostoso, esqueça Snyder, e tudo que VOCÊ quer, porque NÓS administramos isso e NÓS lhe dizemos do que gostar e como as coisas irão acontecer ", e graças a algo, eu estava errada.

O Clark e Super de Hoechlin são obviamente mais inspirados no clássico de Reeves, mas, sabiamente, o roteiro deu a ele um jeito totalmente novo e personalidade própria. A inspiração está aí, mas não é mais do que uma inspiração. Todos nós sabemos que ele muda muito quando ele é apenas Kent de quando ele está no traje de herói e como o ator faz essas alterações nos dá muito a considerar sobre suas habilidades. Neste caso, exceto por alguns momentos ruins, Tyler mostra bem sua vulnerabilidade como Clark, mas não indo para um caminho ridículo, e sua confiança como Superman, como esperado.

 Embora haja outro rosto que nós (quero dizer, eu, pelo menos) nunca tínhamos visto antes em uma produção de live action: o pai, Clark. O núcleo da série, e a razão de ser tão boa é porque é centrado na família, comunidade, verdadeira integridade e tantos assuntos que se relacionam com essas coisas e é feito com tanta garra e sentimento, tanto coração e comprometimento que entendemos os personagens, e nos sentimos parte de Smallville!

A ironia é que eu estava com medo de outro programa de drama adolescente vazio, como todos na Warner, especialmente quando se trata de Arrowverse, e alguns dos melhores momentos foram com os adolescentes. Como disse, uma grande ironia, de fato.

Jonathan (Jordan Elsass, nunca o tinha visto antes, mas seu trabalho foi muito comovente nas cenas dramáticas) sendo nomeado com o nome do "pai da Terra" de Clark e Jordan (Alexander Garfin, também nunca visto por mim, e também tão bom quanto os outros no elenco) com o nome de seu "pai de Krypton" é uma pista de como ele valoriza a família e como as coisas parecem estar mais ou menos predestinadas a ir como vão.

Jordan parece mais complicado no início, por causa de seus problemas de ansiedade, e Jonathan parece o garoto normal e popular, mas, é claro, conforme os seguimos, suas vidas, seus problemas, como eles bagunçam as coisas e como eles realmente , amam profundamente um ao outro e a seus pais, vemos que os estereótipos não se encaixam aqui.

É muito difícil eleger o melhor de tudo nesta primeira temporada já que quase tudo está no lugar certo, mas um desses componentes, certamente, é Lois. 

Uma mulher, várias facetas.

Como eu disse lá em cima, Elizabeth Tulloch não é uma das minhas atrizes favoritas. Sua Julieta em "Grimm" me enervou muito. Oh, outro detalhe: eu mal suporto Lois Lane. Não importa a mídia. Nos quadrinhos, nas animações, quase sempre vejo a repórter e eu simplesmente não gosto dela. Porém resolvi abrir meu coração e minha mente para essa nova forma de ver a personagem, e voilá, simplesmente AMEI! Esta Lois é obviamente forte, inteligente e uma grande jornalista franca e competente, mas ainda assim tem um amor e devoção profundos e inegáveis por seu marido e filhos. Além disso, percebemos em algumas cenas que o pai dela, mesmo suas intenções sendo boas, deu-lhe algumas marcas emocionais enquanto crescia, isso a tornou ainda mais complexa como mulher.

Não importa quanto tempo você assistiu as versões da Lois, esta é algo, como Clark, que, pelo menos, eu nunca tinha visto nas telas: uma mãe/pai. Uma mãe/pai boa/bom, amorosa(o), atenciosa(o), dedicada(o) e verdadeira(o). Ela é feroz em protegê-los (às vezes até mais do que o supermarido), mas também os reprime e repreende quando acha que isso é necessário. Quando ela e Clark conversam com eles é mesmo aquela mãe e pai que sabe mais, viveu mais e se preocupa com as escolhas dos filhos. Querem orientar os meninos para que sejam pessoas boas, honestas e altruístas, como Martha fez com Clark, por exemplo. Nada, nem mesmo uma cena ou fala quando Tulloch aparece soa como um roteiro barato. Ela parece profunda, genuína e capaz de quase tudo. Essa mulher é incrível. Ela é a peça central dessa família e todos sabem disso. Se algo acontecesse com Clark, isso machucaria a família, é claro, mas, de alguma forma ela encontraria forças para reconstruí-los. No entanto se perdessem Lois, certamente ficaria perigosamente perto de destruí-los completamente.

Mas onde está Arrowverse? 

Para as pessoas que estranham que não tenha havido nem mesmo uma menção sobre Kara, por ser prima de Clark, eu entendo, mas acredito nos motivos dos principais redatores Greg Berlanti, Todd Helbing e Nadria Tucker (sim, eu sei que ela não está mais na produção e de todas as suas acusações, mas a mulher escreveu com eles, então vou dar-lhe os créditos porque é justo) deu, eles disseram e cito:

 "Houve um conjunto estranho de circunstâncias onde, por causa de produção ou tempo ou COVID, tudo no show que era relacionado ao Arrowverse foi retirado ". 

Mas ele completa dizendo que espera que tudo dê certo para ter conexões e até mesmo crossovers, na segunda temporada.

Não sei se estou ansiosa ou com medo de juntar a Arrowverse a esta receita de sucesso. Sejamos honestos, pessoal: Arrowverse é horrível. Seus scripts são terríveis. Transformou heróis incríveis em bebês. Bebês estúpidos com dramas superficiais. Então, sim, eles poderiam mencionar Kara ou Barry, mas, Deus, por favor, eles não precisam aparecer.

Comunidade 

Não, não estou falando sobre a nenhum morro carioca, nem nada parecido.

Estou falando sobre algo que pode parecer mais irreal do que um homem atirando lasers pelos olhos. Estou falando de um lugar onde todos se conhecem pelo nome e realmente se preocupam uns com os outros. Smallville aqui é quase outro personagem, a cidade está viva! A sensação de voltar para casa que Clark sente e como ele quer passá-la para seus meninos é comovente. Não de uma forma fácil e óbvia. Não, você vê em seus movimentos e na maneira como ele fala com Lana e outras pessoas ao redor. Eles são como membros de uma grande família que ele não vê há muito tempo e se preocupa muito e eles se importam muito com ele (e assim por diante, com sua família) também.

Há muitas outras coisas que eu poderia falar nesta crítica, mas caso você nunca tenha visto nada sobre a série, vou parar por aqui apenas recomendando bastante para que você assista assim que puder.

                                                                                                                       Nota: 8,0

*Gostou da crítica? Quer ajudar a manter (e crescer) o blog? 

Se puder e desejar, manda um pix de qualquer valor para carollsophies@gmail.com*