O Esquadrão Suicida.: Não é a reinvenção da roda mas diverte, tem sangue, e um inesperado aprofundamento emocional(e político).
Só pra deixar claro aqui: Ainda sou do time #ReleaseAyerCut na HBOMax.
São dois filmes diferentes, não vai interferir em nada nos filmes posteriores e é simplesmente justo com o diretor.
Dito isso:
A inovação que não é tão inovadora assim, mas passa como se fosse
Do jeito que todos os críticos falaram sobre o início, que era "arrebatador", "chocante", "visionário" (pensei que esse termo tinha sido patenteado pelo fandom do Zack Snyder, brincadeira) eu esperava um pouquinho mais. Alguns andamentos ficaram facilmente dedutíveis pelas notícias e críticas, por mais que em nenhuma delas tenha dado algum spoiler.
Ainda assim, foi uma boa pegada inicial, e deu bem o tom principal do longa: uma galhofa bem desenvolvida com sangue, tripas, ação e mortes repentinas.
Entretanto veja bem que eu disse tom principal, porque temos também uma dose de drama, e um cenário político mais profundo do que parece.
A apresentação dos personagens não demora muito e é feita quase organicamente. Existem alguns diálogos um pouco expositivos demais sim, principalmente quando é pra narrar a história de vida de fulano ou ciclano, mas não se torna cansativo nem prejudica o ritmo.
Aliás, ritmo nesse caso é tudo o que tem de sobra.
A direção de James Gunn é tão bem estruturada que quase não se percebe a transição de um ato para o outro. O aprofundamento tanto individual de cada personagem, da equipe como um todo e do enredo num parâmetro geral foi muito bem feito, quase cirurgicamente. O diretor sabia exatamente o que estava fazendo e tinha um baita elenco à disposição. Essas combinações. resultaram num prato cheio e nutritivo de bom entretenimento. No entanto é necessário apontar que Gunn teve liberdade artística total (pelo menos até onde sabemos), o que não foi dado a muitos cineastas por parte da Warner. Esse foi um fator decisivo para o filme ser bem sucedido. Mas houveram alguns outros fatores determinantes:
Personagens carismáticos
Se alguém conseguiu ficar imune ao charme carrancudo e trágico de Idris Elba, parabéns, guerreira(o). Apesar de Bloodsport ser o puro suco do genérico, o ator britânico o revestiu de personalidade e alma próprias, e é impossível não sentir um carinho e se importar com o que vai acontecer com ele.
O mesmo pode ser dito sobre Daniela Melchior que interpretou a Caça-Ratos 2 com uma dedicação quase emocionante. Novamente, a dinâmica entre a doçura dela e a dureza de Bloodsport poderia ficar cansativa e até ridícula, mas aqui, funciona muito bem. Não conhecia o trabalho dessa portuguesa mas agora preciso de mais filmes com ela.
E, por favor, alguém me explica como um rato pode ser tão cativante, delicado e me fazer sentir pânico toda vez que ele corria perigo? Sebastian, te amo.
Muita gente ficou maravilhada com a fofura de Nanaue e queria levar o personagem dublado pelo Silvester Stalone pra casa. Eu, particularmente, prefiro a versão do desenho Harley Quinn, mas gostei da pureza deste aqui. Peculiar o fato de ele ser uma máquina assassina tão amável.
Nota: 8.0
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