LoKi episódio 4:: Ravonna, tu deixa de ser louca, Ravonna!

 


[Não pretendo falar de todos os acontecimentos um por um, - talvez nem em ordem - é só um apanhado do que me chamou mais a atenção e minhas considerações sobre a série até aqui]


Meu Pai AMADO!

Tô em choque ainda. Por isso demorou tanto pra sair esse artigo. 

Bem, vamos lá, finalmente. 
Primeira coisa que me baqueou foi a Sylvie revelar que ela foge da TVA se refugiando em apocalipse após apocalipse desde criança - aliás, a LoKi girl infantil foi lindamente interpretada pela pequena grande atriz Ctrix Cailey Fleming, mais conhecida como a Judith de The Walking Dead- (isso explica ela falar que mal lembra da mãe, enquanto LoKi estava visivelmente emotivo lembrando de Frigga). Ou seja, ela nunca teve uma vida, na realidade. E nunca foi dito o porque de a levarem em primeiro lugar. Vi uma teoria que poderia ser somente pelo fato de ela ser menina. 

Mas isso seria absurdo. Ela deve, tem que ter feito, alguma coisa, e grave! Isso não faria sentido.

Concordo, jovem, concordo. Ficaria muito forçado uma pessoa ser perseguida desde criança por ser somente do gênero considerado errado, só por ser considerada uma anomalia. Seria muito cringe a personagem ser perseguida somente por ser mulher, por ser considerada diferente em demasia. 
Seria sim, muito absurdo alguém ser perseguido somente por ser o que é. Por sair das normas que, na verdade, ninguém sabe quem criou nem por quê.

Ainda bem que isso não acontece na vida real. [contém ironia]

Aliás, a agente que a prendeu foi justo a Ravonna Renslayer. O que (também) explica a pressa da juíza em prunar(ou apagar - ou -"matar") o LoKi boy assim que ele chegou. Ela não suportava a ideia de errar de novo com o mesmo tipo de variante. 

Só que...em que empresa uma agente que comete um erro dessa magnitude, e, em consequência, gera esse tamanho caos, ao invés de ser punida, é promovida?! Mesmo que a promoção tenha demorado alguns anos, ainda assim é estranho. 

Ravonna. faz um coach aí pa nóis? Um vídeo no YouTube: "Deixei uma variante-criança-deusa-da-trapaça fugir e olha no que deu...fui promovida!"

Depois desse primeiro pequeno soco no estômago, vemos que, como o mundo tá acabando, LoKi decide - ao que parece ser numa atitude inconsciente -, baixar a guarda de vez e se aproximar de Sylvie, falando com ela com aquela voz de veludo que estremece o interior até de objetos inanimados e olhando pra ela de um jeito que derreteria icebergs (no plural) em segundos, e eles tocam as mãos. E isso é o suficiente pra gerar um evento extremamente perturbador na linha temporal, que faz a TVA os encontrar e levar os dois presos. 

E aqui temos duas reações distintas dos funcionários da agência.:

Enquanto Ravonna está pessoalmente satisfeita e se sentindo vitoriosa, quase cruelmente feliz, Mobius por outro lado, só tem uma satisfação(se é que dá pra chamar assim), que é externar ao LoKi como está profundamente magoado e ressentido com ele. Se sentindo traído mesmo. *Tadinho*
Quase como um fã cujo ídolo fingiu ser seu amigo e depois ele percebeu que era só por ego do cara, e, que só se aproveitou da admiração dele. (Olha, não é que foi mais ou menos por aí?)

Num último momento antes de ser mandado para um looping temporal com uma lembrança nada agradável envolvendo Lady Sif  (que eu sempre espero que seja melhor aproveitada e adaptada pelo MCU), ele avisa a Mobius que a TVA o está enganando. 

Só por desencargo de consciência, o agente vai sondar Ravonna, e, sua atitude o deixa encucado. E ele não é o único.

(E aqui, meus amigos, preciso abrir um baita parênteses pra falar da atriz Wunmi Mosaku, e de como estou aliviada da Marvel ter dado ao menos um pouco de destaque a ela. Fiquei animada quando soube que participaria da série, mas depois me deu medo de ela ser só uma coadjuvante nula digamos assim. Só vi um trabalho seu. Mas assim que a assisti em O que ficou pra trás, - que aliás, tem crítica aqui no blog  clique aqui para ler essa crítica em nova janela - filme de terror da Netflix, fiquei ansiosa para vê-la de novo).  

A agente B-15 também está desconfiada e, fica pensativa quando Mobius conta a ela o que Loki boy disse. 

*Vamos ignorar o furo de Mobius e Loki não saberem o nome de Lady LoKi sendo que estava nos arquivos que a TVA tinha sobre ela e que eles estudaram profundamente no segundo episódio*

LoKi em sua cela temporal, tem uma epifania (mais uma, terapia tá fazendo efeito) e percebe que ele age como age pra atrair atenção, por medo de ficar sozinho e por ser um narcisista.  

Após deixar claro como está machucado por ter sido usado pelo príncipe de Asgard, Mobius interroga Loki boy seguindo as ordens da amiga com cargo superior, percebendo que o que causou a tremenda precipitação na linha temporal em que eles estavam foi o fato de Loki boy se apaixonar perdidamente por Lady LoKi/ LoKi girl e essa cena é tocante, linda e embaraçosa ao mesmo tempo. Não sei explicar. 

Só sentir.  

Outro ator provavelmente não passaria tantas camadas de emoções e pensamentos distintos em tão pouco tempo e somente pelo olhar e micro expressões faciais. Tom Hiddleston é mesmo fenomenal.


LoKi boy conta a Mobius que ele é uma variante, assim como todos os funcionários da TVA. Isso garante sua condenação e enquanto aguarda no mesmo looping temporal com Lady Syf lhe descendo o sarrafo, Mobius, ainda intrigado vai ao escritório de Ravonna assinar a papelada de conclusão do caso e troca o TimePad dela pelo seu só pa vê um negoço rapidão e, claro, ela nota. Mas claro que dá tempo de ele ir resgatar LoKi boy de sua cela e lhe dar um discurso motivacional "Você pode ser qualquer coisa, inclusive uma boa pessoa"

Nesse meio tempo, B-15 foi confrontar Sylvie sobre suas memórias e Lady LoKi conta que não pode criar memórias, somente usar o que já existe. B-15 pede então que a deusa lhe mostre essas memórias. Numa cena tão curta quanto maravilhosa, sem flashbacks, somente com o talento da atriz Wunmi Mosaku, ela vê que parecia feliz na sua real linha temporal.




 A agente chega à conclusão de que tudo na TVA é uma farsa e decide ajudar LoKi girl a derrubar os   Time Keepers.

LoKi e Mobius saem da cela do príncipe somente para serem pegos por Ravonna e seus homens-minuto. 
O agente em rebelião então, responde à pergunta que a "amiga" tinha lhe feito antes: "Sabe para que tempo e lugar eu mais queria ir no mundo? O de onde eu vim. Talvez eu até tivesse um jet ski lá. Eu queria estar no meu jet ski". E com sangue nozói, a juíza ordena: 

"Prune him"/"Apaguem-no" e isso acontece.



Nessa hora, meu coração deu uma parada, eu cessei a respiração e arregalei os olhos. 
Senti a dor de LoKi vendo o amigo sendo apagado na sua frente como se fosse minha e quase gritei:

                                                  

No elevador, temos a constatação de que Ravonna tem sim, um lado negro. Ao perguntada pela Lady LoKi qual era o seu evento Nexus, o que gerou na infância que a fez ser perseguida a vida inteira, a juíza responde com um prazer mal disfarçado que não lembra. Será que não mesmo? Fica o questionamento. 

E depois de uma luta épica, que culminou na descoberta de que os Time Keepers eram somente andróides irracionais, LoKi vai, enfim se declarar para Sylvie (o que uma parte do fandom odiou fortemente, e eu não fazia ideia até escrever essa resenha), Ravonna decide acordar do desmaio em virtude do nocaute dado pela Lady LoKi e pruna Loki boy!

Independente se acho o casal sensato ou não, para uma fã de Doctor Who que ainda não superou o décimo Doctor quase se declarando para Rose Tyler e sendo interrompido no exato momento do I love you, aquilo foi devastador. Sim, sim, minha gente, vi a estupenda cena pós-crédito, mas assim, o estrago já estava feito no meu psicológico! Não foi pelo Loki e a Sylvie em si! Foi pelo "trauma" que evocou. Não importa se LoKi não morreu. Já causou o sofrimento de lembrar que Rose Tyler está em outro universo sem o Doctor (ainda que tenha o seu próprio clone dele) e nem ter ouvido que é amada por ele, ouviu.

Se tá achando exagero é porque não é whovian, não de verdade. Pois quem é, sabe como essa série draga a gente e engole todo o nosso ser. E toda dor que ela gera, (assim como a alegria) vai direto no nervo, na alma, e lá permanece.

                       Pelo amor de Deus, isso é muito Doctor e Rose Tyler pra ter sido coincidência. Certeza que a diretora é whovian e quis inflingir nos outros a mesma dor que sentiu.

A cena pós-crédito, é extremamente fugaz, mas também sensacional. 

LoKi acorda e, apavorado, vendo o cenário ao seu redor destruído, pergunta se morreu e está no "inferno" (Hel). Quem lhe responde que não, não está morto, mas estará caso não os siga, são mais três, ou melhor, quatro versões de si mesmo!!! O Kid LoKi, (Jack Veal) que foi escolhido a dedo pois, ao menos fisicamente, é a cara do personagem nas HQ's; O LoKi Clássico ou Rei LoKi (Richard Grant, que já concorreu ao Oscar com seu impecável Jack Hock do filme Poderia Me Perdoar?, com a visu dos quadrinhos - sim, dei uma surtada boa) e um LoKi, (interpretado por Deobia Oparei) que, por portar um martelo dourado parecido com o Mijolnir para mim parece ser, na verdade, uma variante de Thor. 




Um adendo: A trilha sonora deste episódio está espetacular também! Perfeita.

Episódio dilacerante e acachapante. A série, a meu ver, tem um episódio um pouco decepcionante com alguns bons momentos, (como o primeiro e o terceiro) pra depois vir com uma coisa incrível(o segundo e este, quarto episódio). 
    
Ainda é cedo pra dar a nota cheia, coisa que só farei após assistir a série por completo, depois de sair o sexto episódio. (provavelmente alguns dias depois). 

Mas para esse volume somente:                                                     

                                                                                       Nota: 8.2 . 


Gostou da crítica? Quer ajudar a manter (e crescer) o blog? Vai na HOME e clique nos botõezinhos pra curtir a página no facebook e seguir-me no twitter. Se desejar, também se tornar um padrinho/madrinha do blog, manda um pix de qualquer valor para carollsophies@gmail.com 



Comentários

Postagens mais visitadas