LoKi ep 6.: Marvel arrisca, surpreende e alcança um nível de inteligência e maturidade impressionantes




Chegamos à conclusão da primeira temporada, e que conclusão!

Somos sugados para um torvelinho de expectativa logo no início com a abertura da Marvel Studios passando uma fala importante de cada personagem que é mostrado. Só por aí você percebe que esse encerramento não será como os outros. 

LoKi e Sylvie adentram finalmente o castelo ao qual chegaram no episódio anterior. E...a gente leva um baita jumpscare com a Senhorita Minutos! Obrigada, Marvel, por me sentir patética ao me assustar com a aparição repentina de um reloginho em animação. 

Mas em parte, isso não é tão injustificável, pois a adorável Senhorita Minutos fala com os dois Loki num tom ameaçador ao passar a mensagem e primeira proposta dele, que consiste em deixa-los ir e lhes dar uma realidade em que eles tenham tudo o que sempre quiseram. Por mais tentador que seja tal proposta, os dois declinam e perguntam quem é ele, ao que a simpática e dúbia criaturinha digital responde que ele é Aquele Que Permanece, quem supostamente "criou tudo e controla tudo; no fim, só existe Aquele Que Permanece."  

                                   Senhorita Minutos assustando os desavisados logo de manhã


Finalmente, a porta do elevador se abre e lá está o grande responsável por toda essa bagunça.: Aquele Que Permanece, fazendo esta que vos escreve ficar boquiaberta e quase ter um ataque cardíaco.
Depois de Sylvie avançar para matá-lo vezes seguidas, ele conta que não será possível porque...bem...ele antevê os movimentos e até as falas deles. Já sabe o que vai acontecer e pode se esquivar. E aí a gente entra numa discussão que pode render a fase quatro da Marvel inteira se ela assim decidir: o livre-arbítrio não existe. 

Segundo Aquele Que Permanece, (que nada mais é do que uma variante de Kang, O Conquistador, ao dizer pra Sylvie, quando ela lhe pergunta sobre quem é ele, que já foi chamado de muitas coisas: governante, conquistador, Aquele Que Permanece) tudo está previamente decidido, inclusive a ida deles ali. O que eles (e nós) achavam que era um ato libertador, que eles estavam, como disseram à versão creepy da Senhorita Minutos antes, escrevendo a própria história, na verdade, estavam somente cumprindo desígnios antes estabelecidos! Ele explica que a AVT e a linha temporal sagrada são os males menores, comparados à guerra do multiverso que aconteceria, pois aconteceu antes, graças às suas próprias versões controladoras (aqui, acredito que ele só se referia mesmo à Kang), e de, como para manter tudo em equilíbrio, ele teve que fazer concessões e, bem, implementar uma espécie de ditadura temporal.

Tudo isso dito de forma didática mas não simplória, numa performance soberba de Jonathan Majors que enche os olhos, o coração e a alma. 

Após assistir o resumo que ele fez para explicar tudo o que foi feito, eu diria que dessa vez, a adaptação do personagem para o MCU ficou melhor que o original dos quadrinhos.

A forma madura e o patamar de inteligência que o universo cinematográfico Marvel alcançou com esse episódio foram grandiosos. O que é corajoso, muito corajoso, mas também um enorme desafio. Agora, naturalmente, o público vai exigir que o que for entregue a partir desse momento, se equipare à essa apoteose (com direito à referência direta de Sandman - quando ele propõe que eles tomem o poder da AVT pra si, enquanto ele descansa, tal qual Lúcifer propõe à Sandman - e Planeta dos Macacos, no finalzinho, vale ressaltar). 

A briga que se segue entre Loki e Sylvie, o beijo e o semblante despedaçado de Loki ao se ver traído e abandonado por Sylvie quase me deixou, outra vez, sem respirar! 

Mas o segundo mais dramático, pra mim, foi quando Loki, esbaforido, tenta explicar tudo o que houve para Mobius e B-15...e está tudo tão mudado já, nas realidades, que Mobius sequer lembra do amigo! Isso foi de partir o coração.

Jonathan Majors eficazmente inserido no MCU, com uma interpretação brilhante


O que isso significa para o MCU, para Sylvie? E Mobius? E todos os outros personagens? Realmente, eu espero que Michael Waldron, roteirista-chefe e responsável por essa cereja suculenta nesse bolo um tanto irregular que foi a série de Loki (farei crítica da série como um todo amanhã ou depois de amanhã) continue tendo o mesmo nível de espetáculo, eficiência e racionalidade para conectar todos os pontos não só aqui, mas em todo o multiverso Marvel. 

Kevin Feige, conto com você! Não volte a me decepcionar por favor. 

                                                                                                                   Nota: 9.0

Gostou da crítica? Quer ajudar a manter (e crescer) o blog? Vai na HOME e clique nos botõezinhos pra curtir a página no facebook e seguir-me no twitter. Se desejar, também se tornar um padrinho/madrinha do blog, manda um pix de qualquer valor para carollsophies@gmail.com 










Comentários

Postagens mais visitadas