Batman, O Longo Dia das Bruxas - Parte Um.: DC acerta novamente em mais uma animação que pouco altera a HQ na qual se baseia!

 


Feita com belos traços, num tom escuro mas fazendo excelente uso de cores e principalmente de luz e sombra na animação que estreou dia 22 de junho Batman, O Longo Dia das Bruxas - Parte Um
O trabalho ficou belíssimo. Tanto artística quanto tecnicamente. 
A aura de mistério e suspense noir muito bem desenvolvida, e muito, mas muito bem adaptada da HQ homônima. 

Em muitas cenas é como se estivéssemos assistindo à um filme de detetive ambientada nos anos 30. 

As dublagens no original ficaram impecáveis.: Jensen Ackles dá voz à Bruce Wayne/Batman, caindo-lhe como uma luva, Josh Duhamel empresta seu charme à Harvey Dent, Naya Rivera - a quem a animação é dedicada - incorpora tão bem a Mulher-Gato que é impossível não se pegar pensando que, se não tivesse falecido (este foi seu último trabalho), provavelmente seria uma ótima escolha para interpretar a anti-heroína em um live action. O elenco de dublagem como um todo está comprometido em entregar o melhor de si, e isso dá uma liga incrível à ação. 

O ritmo é empolgante, e quando você percebe, mesmo que tenham alterado um pouco só no decorrer da trama do que ocorre na HQ, portanto se a leu, já sabe o que vai acontecer, se pega com a respiração entrecortada e mal consegue piscar, esperando o desenrolar dos mistérios. 
Perguntas que vão se condensando e adensando, ao mesmo tempo que um Bruce Wayne cheio de interrogações e dúvidas sobre si mesmo e todos a seu redor e uma Selina Kyle tão divertida quanto complexa fazem com que seja impossível tirar os olhos da tela. 

A humanidade do chefe da máfia aqui também fica evidente. Claro que Carmine "The Roman" Falconi é um criminoso, mas ele também tem sentimentos, fraquezas e medo de perder quem ama. E, mesmo que a contragosto, cabe ao Batman defendê-lo de quem quer que esteja matando os seus comparsas e familiares. Uma coisa que gostei e que desagradou algumas pessoas foi o fato de, aqui, Bruce estar quase tanto no escuro quanto qualquer um. O seu preparo ainda não está tão refinado. Batman tateia às cegas acreditando em pistas que não o levam ao real assassino e ignora certas evidências que poderiam estar bem na sua frente. Isso, pra mim, dá ao cavaleiro das trevas uma vulnerabilidade que fica, na maioria das vezes, subentendida até demais. 

A participação do Coringa/Joker (na voz de Troy Baker) é caricata e quase desnecessária. 

Porém, eu acredito que ele dê um dinamismo maior, e suas motivações aqui são bem coerentes. Não pareceu que só introduziram o personagem por se tratar de um vilão icônico. 

Como dito no início deste artigo, as mudanças são poucas, mas existem. Algumas mudanças foram bem feitas, outras, não entendi o motivo. Entretanto não há nenhuma alteração que realmente tenha me desagradado, ou estragado qualquer coisa na estória. 

Os traços, o design de produção, a trilha sonora, tudo na parte técnica está de parabéns. 

Eu só faria algumas mudanças na inconstância de ritmo dos atos, principalmente do segundo para o terceiro, que acabou ficando um pouco desigual. 

Uma adaptação que é quase como um transplante de HQ para animação, atores dedicados, uma equipe técnica competente e um enredo instigante, me deram mais uma vez um orgulho danado de ser fã do Batman e da DC.
                                                                                                                        Nota: 8.5

   

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