#PrimeirasImpressões: LoKi e a volta do meme "É o Mephisto!"
E, posso dizer que este artigo está repleto de...coincidências? Vá lá, coincidências com o primeiro post desse ressurgimento do blog. Pois foi justamente a estreia da coluna #PrimeirasImpressões sobre duas séries que estreavam, e onde? No Disney+!
A propósito, aqui está o link, pra quem quiser conferir: https://nerdchyc.blogspot.com/2021/04/primeirasimpressoes-big-shot-e-mighty.html
Tudo bem, não são tantas coincidências assim, mas vamos ao que interessa:
O que eu achei?
Já adianto que não amei de todo o coração, que coisa genial! Não. Me desculpem.
Mas por quê, sua chata?
O início foi bem promissor. Durante onze minutos, a comédia junto com a ação funcionam perfeitamente. A introdução tanto de Loki quanto da audiência ao Time Variance Authority, TVA (ou Autoridade de Variância Temporal, AVT) - que é uma agência que funciona fora do espaço-tempo continuum como conhecemos e que regula o que é passível ou não de acontecer na Linha do Tempo Sagrada - e, sem maiores explicações o levam a julgamento para que ele cumpra pena por ter "bagunçado" a linha do tempo é ótima.
Até chegar ao tribunal, tudo vai fluindo. A total falta de cooperação de Loki, a arrogância, o desnorteio quando substituem suas maravilhosas roupas asgardianas por um uniforme prisional pardo horroroso. Sua breve porém profunda preocupação de talvez ser um robô e não saber disso. - E, aliás, o ator que faz o funcionário de saco cheio nessa parte, também é ótimo.
Mas aí aos poucos, com a entrada de Owen Wilson, que interpreta muito bem Mobius. [e aqui, eu preciso falar com você, meu amigo nerd. Sei que você sabe, assim como eu, que Loki e Mobius não tem nada a ver nos quadrinhos. E que ele teve interações foi com o Quarteto Fantástico e She-Hulk. Isso quer dizer que o Quarteto Fantástico tá na porta pra entrar no MCU? Não. Sossega] e toda a carga dramática daquele jogo psicológico que ele faz com Loki. Não sei bem definir o que não me agradou. A interação de Tom Hiddleston, que está insuportavelmente perfeito, com um Owen Wilson muito inspirado foi uma das melhores coisas do episódio, mas alguma coisa naquele cenário retrô-futurista-cyberpunk-de-repartição-pública não me envolveu. Não me convenceu. Entretanto, não estou falando do cenário em si, nem da ambientação, tudo isso está muito bem feito e colocado. Não sei explicar o porquê a junção de tudo, simplesmente não me fisgou como a tantos outros.
A ida do agente Mobius a 1549 para dar close no vitral do The Monyo [mais uma palavrinha com meu amigo nerd, e é a última:. NÃO É O MEPHISTO NO VITRAL! NÃO É O MEPHISTO NO SOFÁ DA TUA MÃE! NÃO TEM MEPHISTO! ESQUECE O MEPHISTO! MEPHISTO MORREU! DESGRAÇA!] foi pra criar um suspense de quem estaria fazendo aquilo e porque...mas aí tudo isso é eclipsado quando começa a terapia com Loki, (e, sim, compreende a parte que o antes vilão, agora anti-herói toca o terror no lugar) até o enrolar o suficiente para que ele coopere com a agência.
Até esse momento não entendi o que tem de relevante na parte da bomba no avião. Pra quê aquilo?
Nem vou bater na forçada culpabilidade de Loki e de lógica temporal pra fazer o roteiro funcionar, porque é chover no molhado e, bem, se tivesse me prendido eu relevaria.
Pensei em esperar o segundo episódio sair para poder dar uma opinião mais eficiente, até porque não é raro que as opiniões sobre uma série mudem de um primeiro episódio para o seguinte. Mas, caso tenha algo que me faça ou realmente desgostar da produção, ou que mude completamente meu ponto de vista, poderia ficar muita informação para ser dita num post só.
Não é que tenha realmente algo errado com a série. Está tudo no seu devido lugar.
Principalmente Tom Hiddleston, que me fez amar seu Loki. Coisa que foi tarefa difícil nos primeiros filmes da Marvel. Eu pensava: "mas isso não é o Loki. Não sei o que é, mas NÃO é o Loki!". E pensava o mesmo de Thor, e outros personagens e coisas das adaptações da empresa. Ainda não sou fã incondicional da Colorida, mas pelo menos ao que concerne o conteúdo da Disney+, me acostumei a esperar maravilhas. E, até aqui, não havia me desapontado.
Na verdade, não foi um desapontamento propriamente dito. Como o início foi elétrico, pensei que continuaria crescendo, subindo, e teria um boom. Mas até o crescimento ficou meio comprometido e ao invés de boom, tive um episódio de In Treatment. Não que isso seja de fato ruim, mas se na quarta temporada da série da HBO (pelo pouco que vi) Uzo Aduba (a Crazy Eyes de Orange is The New Black) vai descascando o paciente até que ele revele tudo de si para poder começar a curar-se, aqui foi só um jogo de palavras e metáforas e, lógico, o vídeo acorda pra vida que mostra todo o percurso de Loki e sua morte pela mão de Thanos.
Muita gente achou grandioso, uma maravilha, poético. A mim, pareceu somente razoável e ficou a sensação de estar alguma coisa faltando.
No entanto, talvez, eu esteja sendo exigente demais com um episódio que é somente o ponto de partida. Porém, em parte a culpa é da própria Marvel/Disney+, que fizeram uma série melhor que a outra (e incluo aqui Big Shot e Might Ducks porque, apesar de suas estórias não serem provenientes da empresa de HQ's, elas assim como outros conteúdos do serviço, me acostumaram a esperar coisas surpreendentemente boas dessa plataforma), e fizeram (com uma baita ajuda de Tom Hiddleston), Loki se tornar uma criatura que me causa fascínio, curiosidade e admiração - tá, uns calores também.
Nesse ponto, preciso fazer uma observação, e temo que algumas pessoas não gostem, mas ela é necessária.:
Provavelmente se a série fosse da DC, e pior, se fosse dirigida por Zack Snyder, com certeza, muitas das pessoas que amaram o episódio o chamaria de arrastado e pretensioso. E, diria que o diálogo entre Owen e Tom foi um arremedo de psicologia para parecer mais complexa do que é .
Tudo o que a Marvel faz no cinema, por mais genérico, esquecível, imbecilizado e raso que seja é aplaudido de pé por parte do público e crítica especializada.
Algumas vezes eu concordo totalmente, como em Vingadores: Ultimato, ou em parte, como no caso de Doutor Estranho e Pantera Negra pois sim, são bons, mas não tão bons quanto poderiam ser dado o material base. Todavia, existem filmes que não são nem de perto bons, e não posso me obrigar a vê-los como se fossem: o primeiro Vingadores, por exemplo.
Me perdoem os marvetes de plantão, mas, infelizmente ninguém me paga para falar bem da Colorida aqui. Caso alguém queira me pagar uma boa quantia, só me pedir a conta nos comentários (o preço de duas TVs LG de 65" já dá pro gasto), até refaço a crítica e lambo o chão que Kevin Feige pisa, como vocês fazem. Por enquanto, o blog expressa minha opinião, e a minha opinião sobre o primeiro episódio - que pode mudar no segundo - foi essa.
Nota: 6.0
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