Depois de fazer terapia e conseguir um emprego numa repartição pública, LoKi tem um crush...nele mesmo

 


Então chegamos na metade da série. E não é que a zoeira de que LoKi é sobre a vida adulta, continua sendo válida? Assim como a visão de "um gênero por episódio". Se no primeiro episódio se tratava de um drama contemplativo no qual o personagem começa uma terapia, no segundo passamos ao suspense investigativo com LoKi conseguindo um emprego, e agora, eis que LoKi  vai num date! Com ele mesmo! O gênero é aventura, misturado com romance. 

Logo no início do episódio, Lady LoKi é mostrada manipulando a mente da agente mostrada no último capítulo, e depois é dito que sim, os coitados dos trabalhadores da TVA/AVT são variantes que tiveram suas memórias "apagadas"(na verdade, bem reprimidas) para pensarem terem sido criados pela agência. E um detalhe importante: Ela diz que teve que buscar coisas de centenas de anos atrás. A passagem de tempo na agência então é muito mais complicada do que pensávamos até aqui. Existe muita coisa sobre essa repartição a ser explicada. Cada vez mais me parece que os Guardiões do Tempo é que são os verdadeiros vilões dessa série. 

A pausa em toda a ação foi, lógico, proposital. Para quê? Para conhecermos mais de Sylvie, por menos que ela fale de si, e também do próprio LoKi. 
Quando ele fala sobre a mãe, por exemplo, dizendo que ela era boa, pura e decente, fica nítida sua vulnerabilidade, seu apego e até seu remorso. Mais um momento, e Tom me faria ir às lágrimas (embora qualquer coisa que envolva perda materna me toque profundamente desde 2017). A gente percebe que, se não tudo, quase tudo de bom que ele tem em si, veio da mãe. Já Sylvie diz que não se lembra da mãe, que são como "imagens de um sonho", dando a entender que, ou ela viveu uma quantidade de tempo que torne memórias da infância um passado tão longínquo que não lhe é possível lembrar com clareza, ou esteja mentindo, ou ainda, talvez ela nem tenha tido realmente uma mãe, talvez tenha sido criada, feita pelo próprio LoKi (que não se lembraria de tal criação, e nem ela mesma). Como e porque? Aí já não sei. Jogo a bola pra você, caro leitor. 

Porque a pausa foi necessária?

Porque precisávamos ouvir Tom Hiddleston cantando em asgardiano e não sabíamos. 

Não? Tá bom, parei.

Ela foi necessária para, como eu disse, nos dar uma certa ideia do que eles, LoKi e Sylvie querem, quem são e suas intenções e motivações.  
Claro que tudo que disseram pode ter sido uma mentira, uma enganação do(s) deus(es) da trapaça. Mas em alguns momentos, pelo menos, ambos se mostraram como realmente são. 

LoKi é complexo. Ele não é bom. Ele não é mau. Ele é o LoKi. Ele quer poder e usa o que for conveniente pra conseguir. Mas também, ao menos no MCU, o deus é um menino deslocado, que sempre foi preterido pelo pai e acolhido pela mãe. Em certos momentos parece que tudo o que faz é pra chamar a atenção, e tudo o que quer visa substituir o vazio da validação paterna. 
Claro que limitá-lo a isso seria uma bobagem. Existe sim um pedaço muito sombrio no rapaz e não raro, parece gostar de ver o sofrimento alheio e saber que foi ele o infligidor. 

Com Sylvie, bem, com ela a coisa funciona, por enquanto, à base de achismos, já que ela pouco revela sobre si. 
Se ela não quer tomar o poder da AVT/TVA para si, o que quer? Destruir a agência? Mas porque?

Ela não parece com sua versão masculina em muitas coisas. Até seus poderes são usados de forma diferente. Enquanto o LoKi usa mais a magia física, ela age mais no campo mental. Não fica claro nem se ela possui tal conhecimento, sobre transfiguração, por exemplo. 

A motivação para seus feitos contra a AVT/TVA também não parecem vir de um mesmo ponto do que os do LoKi boy. Tudo o que ela faz parece ser um problema pessoal que ela tem com os guardiões. Talvez não seja bem pessoal, mas algo que eles fizeram a ela, que a fez perceber o que eles fazem a todos e que isso precisa ser parado. Seria Sylvie uma justiceira tresloucada?   

Tá, mas, pra quê o romance?

Você pode achar amor romântico uma baboseira. Pode não ligar para envolvimentos amorosos e achar relacionamentos desse tipo pura perda de tempo. Mas, creia, o amor move o mundo, mais até do que dinheiro. Parece absurdo mas é verdade. Mesmo que amor real seja extremamente raro, o que as pessoas chamam de amor, (atração física + ilusão de companheirismo, cumplicidade é o mais comum, mas não a única combinação) não é. 

Mas calma, não vou ficar filosofando aqui. Temos a série para isso. 

Outro motivo pelo qual vimos esse episódio foi para deixar explícito, sem deixar, é que LoKi se apossou de uma jóia do Tempo. Ele a usa para fazer uma pilastra que o esmagaria e a Sylvie, voltar para o momento anterior à sua queda. Caso ele tivesse utilizado seus poderes, veríamos a energia esverdeada comum a quando ele faz uso de magia. 

Sei que muita gente viu mais nuances e peripécias nesse episódio, mas eu, se vi, já esqueci. 

Me perdoem pela falta de animação com a série, mas, por mais esclarecedor que tenha sido em alguns pontos, e tenha nos presenteado com Tom cantando (em asgardiano, ainda!), foi tudo muito morno. Até os flertes poderiam ser melhor explorados.

                                                                                                       Nota: 5.5 


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